BARRABÁS - O TRÁGICO



BARRABÁS - O TRÁGICO
Prof. Raymundo Cortizo Perez
TEXTO
João 18.39-40
39. Falando isto, saiu de novo, foi ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum. Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus? 40. Então todos gritaram novamente e disseram: Não. A este não! Mas a Barrabás! (Barrabás era um salteador).
INTRODUÇÃO
Esta mensagem mudará seu conceito de convertido e de um cristão, para um amigo do Senhor Jesus.
Quando pedi ao Senhor uma palavra para ministrar aos seus filhos, então Deus me trouxe ao coração esta palavra e enquanto eu a preparava meu coração estremecia dentro do peito e meus olhos se enchiam de lágrimas pelo tamanho do poder nela contido. Por isso quero lhes dizer que algo muito forte vai acontecer em seu coração após se alimentar dessa mensagem e que verdadeiramente Deus é contigo.
Esta mensagem fala-nos de um personagem muito pouco pregado nos púlpitos e que teve um papel fundamental no contexto histórico da humanidade. Alguém que mesmo com uma pequena participação literária, fez com que a história inteira tivesse um evento extraordinário.
Abra seu coração e deixe a luz da palavra de Deus penetrar dentro de você e com toda certeza sua vida nunca mais será a mesmo.
A HISTÓRIA DO JULGAMENTO
Durante o martírio de Jesus, Ele tem que enfrentar seis julgamentos dos quais três já estavam previsto por Deus, para que ninguém duvidasse de sua soberania e realeza, e em um desses julgamentos Jesus é trazido para diante da multidão numa tentativa covarde de Pilatos de se livrar de um inocente o qual o povo queria morto.
Estavam as vésperas da páscoa e neste tempo ninguém era julgado ou crucificado não se executava ninguém embora a crucificação de três marginais já estava prevista. Eles precisavam se apressar se quisessem ver Jesus crucificado. Como eram vésperas da Páscoa, era de costume que soltasse um preso e lhe perdoasse seus crimes, e mais uma vez o covarde Pilatos usa dessa condição para tentar se livrar do inocente Jesus, mas seu tiro sai pela culatra. Pilatos manda dar uma surra em Jesus para que o povo ficasse satisfeito e com pena de Jesus e assim decidissem que já era o bastante e o soltassem, pois não havia nele crime algum. Pilatos sabia quem era o criminoso chamado Barrabás, o qual ele mesmo mandou prender por crimes hediondos e agora o coloca em escolha; Jesus ou Barrabás? Quem devo soltar? Escolham e decidam entre os dois, disse Pilatos.
Mas para a surpresa de Pilatos o povo escolhe a Barrabás. Todos gritam em uma só voz: Solte Barrabás, crucifica Jesus!
Na verdade o previsto era que Jesus, Barrabás, os dois ladrões, Dimas, o da direita e Jestas, o da esquerda fossem todos julgados e executados no mesmo dia. Mas deixe eu lhe falar algo.
Quando prenderam Barrabás, Dimas e Jestas, os romanos ao saberem que a centença seria a morte de cruz, eles logo trataram de tirar as medidas corpórea dos condenados e assim foram feitas três cruzes, no tamanho certo de cada criminoso e no lugar certo foi iniciado um pequeno buraco para que o prego entrasse com mais facilidade. Como Jesus foi preso, julgado e decidido que fosse crucificado, não ouve tempo para que fosse confeccionada uma cruz na sua medida. Então ao ser decidido que um deveria ser solto, e este seria Barrabás, logo a sua cruz, que era segundo a história um homenzarrão, passou para Jesus. É por isso que lhe rasgaram as carnes da juntura do ombro. Ele levou sobre os ombros uma cruz que não era dele. Ele foi pregado em uma cruz que não foi feita para Ele.
QUEM ERA BARRABÁS
O nome verdadeiro desse marginal era Bar Aba, que significa filho de pai nobre, um patriota desordeiro, violento, revoltado. Um homem natural da cidade de Jope. Tinha como profissão ser remador de botes, porém devido a falta do pagamento dos impostos, que eram muito altos, as autoridades romanas lhe tomavam o seus pertences para pagar impostos atrasados, lhe tirando a ferramenta de sustento, e com isso ele se tornou um revoltado com o confisco de seus bens, e entre eles o bote. Era dotado de muita coragem, força e espírito de iniciativa, mas era muito ignorante e falador.
Com os prejuízos que sofrera, acabou se tornando um salteador das estradas e seu ofício ganhou fama e alguns seguidores, formando um pelotão de marginais do qual se tornou o chefe. Gerava muito medo por onde andava, pois roubava todos os pertences de quem quer que seja. Chegou a vir as escondidas para a cidade de Jerusalém onde trabalhou escondidamente na parte de baixo de Jerusalém no vale do Kidron.
Bandido ferrenho, atormentava a vida dos romanos. Cetra vez atacou com seu bando uma guarnição de soldados romanos na cidade de Cafarnaum, roubando todo o soldo da tropa. Chegou a roubar também os bens dos sacerdotes do templo judaico. Caifás ficou muito irado e desesperado, então queixou-se a Pilatos dizendo que se não houvesse providência, iria se informar ao imperador Tibério, o que não seria nada bom para Pilatos.
Por atacar o pelotão de soldados romanos e os sacerdotes do templo, Barrabás foi procurado e caçado por todos os lugares e acabou sendo preso pelo Centurião Varro, juntamente com seus comparsas, Dimas e Jestas. Assim a pena de Barrabás seria nada mais nada menos que a crucificação.
Barrabás estava preso e já tinha sido condenado à crucificação e para ele foi uma grande surpresa ser escolhido pelo povo para ser solto. Não sabia o que estava acontecendo e só foi saber disto bem mais tarde.
A MÃE DE BAR ABA
Conta-nos alguns historiadores que certa ocasião em que Jesus estava reunido com os apóstolos na casa de Pedro ocasião que curou sua sogra, e Jesus estando sob o crepúsculo, muitas pessoas vinham a Ele para serem curados. Entre estas pessoas veio uma mulher que entrou chorando copiosamente e muito aflita, ela caiu de joelhos aos pés de Jesus e suplicava algo a Ele.
Os discípulos assustados, não esperavam que alguém chegasse ali e agisse daquela maneira. Então um deles a interrogou, perguntado quem era ela. E assim Barbolomeu então respondeu:
- Conheço esta mulher. É a mãe de Bar Aba. Aquele mesmo que assaltava à mão armada nas estradas de Jericó e agora está preso sendo condenado à morte, e morte de cruz no monte Calvário.
A mulher então disse a Jesus
- Senhor, tem piedade de meu filho Bar Aba, que foi condenado a morte. Ele foi arrastado ao crime por injustiças e desesperos. Sempre foi um rapaz obediente, dedicado ao trabalho. Entretanto, atraído por estes males se involveu com quadrilhas que assaltavam os viajantes que assustam Samaria e Damasco. Tem pena de mim, que sou mãe desventurada, pois sei que tudo podes. Curaste o filho da viúva de Naim, o cego de Jericó, o servo do Centurião romano e ressuscitaste Lázaro, o irmão de Marta.
Jesus olhou amorosamente a mãe aflita de Barrabás e perguntou-lhe:
- Que queres de mim, mulher? Disse Jesus.
- Peço-te que o salves meu filho da morte, pois dentro de alguns dias será crucificado. Sei que és bom e podes impedir que ele morra. Faze um milagre. E assim concluiu, chorando e beijando os pés do mestre.
Então Jesus completa dizendo:
- Vai, mulher, porque Deus tem ouvido as tuas orações e por isso mandou seu filho ao mundo, para que se cumpram as escrituras.
A mulher beijou as sandálias do divino mestre e saiu a correr dentro da noite alta e tranqüila, gritando como quem fala para o mundo:
- Jesus salvou meu filho! Ben Bar Aba não morrerá�.
BAR ABA É SOLTO
Mateus chama Barrabás de um "preso muito conhecido". Marcos diz que ele foi "preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio". Lucas afirma que ele foi lançado na prisão "por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio". João o chama "salteador". Sim! ele era tudo isso, mas aprove a Deus colocá-lo em seus planos.
Chegou o dia da crucificação de Barrabás, Dimas e Jestas, porém algo estava para acontecer. Algo que mudaria a história de um condenado chamado Bar Aba.
Penso que no corredor da morte Barrabás faz uma reflexão de vida, e talvez desejasse ver sua mãe. Então um barulho se faz ser ouvido na prisão. É o som de alguém abrindo a porta da cela. E ele logo pensa: �Chegou a minha hora de morrer�
Então o soldado romano vai em direção a Barrabás e diz a ele:
- Pode ir Barrabás! Você está livre!
Talvez meio assustado e sem muito acreditar, ele pergunta:
- Mas eu não vou morrer?
E o soldado romano que a tudo assistiu lá fora, e também sem muito acreditar, reponde:
- Outra pessoa vai morrer em seu lugar!
Assim Barrabás sai e é levado até a presença de Pilatos para ser posto em liberdade. Ao chegar no que mais parecia um tribunal público ele se encontra com aquele que morreria em seu lugar e por um instante Barrabás olha nos olhos de Jesus e pensa em seu intimo: �O que será que ele fez para morrer em meu lugar?�
Mesmo sem mover os lábios ele ouve uma voz que lhe fala no coração:
- Vai em paz! Você está livre! Eu morrerei em seu lugar.
O restante creio que você já sabe. Jesus foi crucificado e como foi com o primeiro Adão, agora com o segundo Adão dá vida a sua noiva, mas esta é uma outra mensagem.
Não se sabe se Barrabás mudou de vida, nem o que aconteceu com ele depois da morte de Jesus. Mas eu creio que vou encontrá-lo no céu, e então vou lhe perguntar:
- Amigo irmão Barrabás. Você soube mais que ninguém o sentido da frase: �Jesus morreu em meu lugar�. Então me diga como foi aquele dia na sua vida?
CONCLUSÃO Hoje eu não quero dizer ou pregar para um povo que ficou como acusadores e assim ainda escolhem crucificar a Jesus, pois ainda continuam a se contamirarem com os mesmos pensamentos de maldade.
Mas quero dizer para os muitos Barrabás que estão no corredor da morte, pois algumas injustiças humanas, ou algumas tempestades da vida o fizeram revoltar contra tudo e contra todos. Pessoas que sofreram grandes perdas irreparáveis e dolorosas, e assim se tornaram amargas, não que sejam amargas, mas se tornaram amargas e tristes. A estes quero me dirigir agora e dizer lhes que Jesus morreu em seu lugar e você está livre para adorá-lo e ser feliz.
Verdadeiramente Barrabás sentiu na pele o que é ouvir e viver. E assim ele poderia dizer o que eu peço humildemente a você que diga agora aí onde está agora: JESUS MORREU EM MEU LUGAR!!

PROBLEMAS?



PROBLEMAS?
Prof. Raymundo Cortizo Perez
"Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra." Salmos 34:19
A maioria das cartas que recebo é de pessoas que estão atravessando o vale da aflição. Quase todas têm a mesma pergunta: “Por que os problemas aumentam na minha vida cada vez que decido aproximar-me de Jesus?”
O verso de hoje é a resposta. Neste verso, achamos duas promessas. A primeira é: “Muitas são as aflições do justo”; a segunda: “O Senhor de todas o livra.”
Se você quer ser um cristão autêntico, prepare-se para receber ambas as promessas. A primeira é que neste mundo você enfrentará momentos de dificuldade. Isso é bíblico. Escrevendo aos filipenses, Paulo disse: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo.” Filip. 1:29. E o próprio Senhor Jesus afirmou diante de Seus discípulos: “No mundo, passais por aflições.” João 16:33.
O sofrimento é uma realidade da vida. É inevitável. Muito mais para quem decide seguir a Jesus. Mas a segunda promessa afirma que, finalmente, o Senhor livrará Seus seguidores de todas as dificuldades.
Muita gente imagina a felicidade como uma vida sem problemas. Mas, neste mundo, os espinhos fazem parte da rosa, a noite faz parte do dia e as lágrimas fazem parte da alegria. Você pode ser feliz em meio às dificuldades, se souber administrá-las na certeza de que o Senhor o livrará de todas elas.
O Salmo 34 é um hino de louvor a Deus porque Deus livrou o Seu povo, e não porque os Seus filhos não tiveram dificuldades. Entender esse fato pode ser o começo de uma nova dimensão na vida.
Deus cura o coração ferido, mas a intervenção divina não teria sentido se o coração não estivesse ferido. Ele restaura seus sonhos porque eles foram destruídos. Deus prometeu livramento, não isenção do problema.
Quais são as aflições que você está enfrentando hoje? Não importa. Decore este verso e repita-o ao longo do dia: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.”

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COMO VIVER COM SABEDORIA



 Como Viver com Sabedoria

Prof. Raymundo Cortizo Perez
O mundo está cheio de maneiras de crescer em conhecimento e se tornar mais inteligente. Podemos aprender nas escolas, com livros ou outros meios. Porém, mais importante do que adquirir conhecimento é crescer em sabedoria. A sabedoria aumenta quando nos dedicamos bem aos relacionamentos e as circunstâncias e tomamos boas decisões.
No entanto, as Escrituras também dizem que a verdadeira sabedoria começa com Deus. Embora existam muitas pessoas sábias na terra, aos olhos de Deus a verdadeira sabedoria começa com o relacionamento com Ele. Deus é perfeito em verdade e conhecimento, então toda sabedoria deve começar com Ele.
Aqueles que vivem com verdadeira sabedoria serão uma luz brilhante para Deus em um mundo escuro. Como agimos e falamos importa. Somos representantes de Deus para o resto do mundo; por isso, é importante que possamos agir com sabedoria.
Um aspecto de viver sabiamente é ser justo. Justiça é viver de acordo com a lei de Deus e os caminhos da vida. Quando vivemos de acordo com a Palavra de Deus, estamos vivendo de acordo com o Seu desígnio para a nossa vida.
Jesus diz que outras pessoas saberão que somos Seus discípulos pela maneira como amamos os outros (João 13:35). Isso significa que amar os outros é viver de acordo com a Palavra de Deus. E, amando a Deus e amando os outros, indicaremos Jesus as outras pessoas.
É por isso que Jesus diz que somos uma cidade sobre um monte que não pode ser escondida e uma luz na escuridão (Mateus 5:14). Daniel 12:3 diz que, ao vivermos com sabedoria e retidão, brilharemos como estrelas na escuridão.
A maneira como vivemos, pensamos e agimos é importante. Essas são as maneiras principais pelas quais outras pessoas verão o amor que Deus tem por elas. Portanto, considere sua própria vida. Pense em maneiras pelas quais você pode viver de acordo com a Palavra de Deus. Escreva uma ou duas maneiras pelas quais você pode fazer brilhar a luz de Jesus amando os outros de maneira tangível.
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Prof. Raymundo Cortizo Perez, Th.D.

QUEM É LUCIFER, QUEM É O DIABO E O QUE DIZ A BÍBLIA?



QUEM É LUCIFER, QUEM É O DIABO E O QUE A BÍBLIA DIZ?
Prof. Raymundo Cortizo Perez
Lúcifer significa a estrela da manhã. Esse nome ficou associado ao diabo por causa da interpretação de algumas passagens do Antigo Testamento, mas a Bíblia não diz que esse é seu nome.
Na Bíblia, Lúcifer não é um nome próprio. Essa palavra surgiu da tradução da Bíblia para latim. Isaías 14:12, no original em hebraico, fala sobre a estrela da manhã. Em latim, a estrela da manhã é chamada de lucifer (“aquele que traz luz”). Em vez de traduzir como “estrela da manhã”, algumas traduções antigas mantiveram a palavra Lúcifer, como se fosse um nome.
Como Lúcifer ficou associado ao diabo?
O nome Lúcifer ficou associado ao diabo por causa de uma interpretação de Isaías 14:12-20, que é uma profecia contra a “estrela da manhã”.
Em Isaías 13 e 14, Deus enviou uma mensagem de condenação à Babilônia, que tinha oprimido o povo de Israel. A Babilônia era um império muito grande e forte, que conquistava todos os seus inimigos. Seus reis, como o famoso Nabucodonosor, eram muito arrogantes e se sentiam invencíveis.
Na passagem sobre Lúcifer, a profecia fala sobre alguém que é a “estrela da manhã”, que se tornou muito arrogante. A estrela da manhã achou que podia se tornar como Deus, roubando Sua glória. Ela achou que tinha todo poder, mas seu fim seria a humilhação e a destruição total.
A interpretação mais óbvia é que essa profecia é sobre a queda da Babilônia e de seu rei. Mas também surgiu outra interpretação, que sugere que a estrela da manhã não é apenas o rei da Babilônia. Lúcifer também poderá ser uma referência ao poder espiritual por trás de todos os reis arrogantes que se rebelam contra Deus – o diabo.
Assim, a história da estrela da manhã poderá ser uma metáfora sobre a queda do diabo. Ele se tornou arrogante e se rebelou contra Deus. Por isso, ele foi expulso e um dia será completamente destruído.
Por causa disso, o nome Lúcifer ficou associado ao diabo na tradição popular cristã. Mas a Bíblia não diz em lugar nenhum que Lúcifer é (ou era) um dos nomes do diabo. Apenas significa a estrela da manhã.
A história de Lúcifer é mesmo sobre o diabo?
A Bíblia não diz que a história da estrela da manhã é sobre o diabo. Essa profecia é principalmente uma condenação à Babilônia e a todos os arrogantes que acham que podem ser maiores que Deus. Mas a história tem várias semelhanças com o que a Bíblia fala sobre o diabo em outras passagens:
Sua rebelião começou por causa da arrogância – Isaías 14:13-14; 1 Timóteo 3:6
Foi condenado por Deus e atirado à terra – Isaías 14:12; Apocalipse 12:9
Vai ser castigado no inferno – Isaías 14:15; Apocalipse 20:10
Por isso, mesmo se não é uma referência direta ao diabo, a história de Lúcifer mostra o perigo de cair no mesmo pecado que o diabo.
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GÊNESIS 9, A GRANDE ALIANÇA



 GÊNESIS, 9 - A GRANDE ALIANÇA

Prof. Raymundo Cortizo Perez
Gênesis 9 registra a aliança de Deus com Noé e a benção de Noé sobre seus filhos. Um estudo bíblico de Gênesis 9 revela como aconteceu a sequência da história da humanidade após o dilúvio.
Um esboço simples de Gênesis 9 pode ser feito da seguinte maneira:
Deus abençoa Noé e sua casa (Gênesis 9:1-7).
A aliança de Deus com Noé e seus filhos (Gênesis 9:8-18).
A embriaguez de Noé (Gênesis 9:20-24)
Noé pronuncia bênção e maldição sobre sua descendência e morre (Gênesis 9:25-29).
Vejamos neste estudo bíblico os principais pontos acerca do texto bíblico de Gênesis 9.
Deus abençoa Noé e seus filhos e estabelece regras (Gênesis 9:1-7)
Gênesis 9 começa dizendo Deus abençoou Noé e seus filhos. Nessa benção, Deus deu uma ordem clara: “Sede fecundos, multiplicai-vos e povoai a terra” (Gênesis 9:1). De Gênesis 1 até Gênesis 9, essa é a terceira referência acerca de Deus abençoando a humanidade e ordenando que ela seja frutífera (Gênesis 1:28; 5:2; 8:17). Essa ordenança em Gênesis 9 faz todo sentido, pois aquele era um momento de renovação da criação.
A partir do versículo 2, lemos algumas regras e instruções importantes que Deus estabelece para os seres humanos. Primeiro Deus autoriza uma expansão na dieta humana. A partir daquele momento os seres humanos poderiam se alimentar de “tudo o que se move e vive” (Gênesis 9:3).
Aqui os estudiosos sugerem que há um claro indicativo de que anteriormente a dieta padrão dos homens era o vegetarianismo. Isso não significa que antes do dilúvio a humanidade pecadora não consumia carne, mas que a partir daquele momento havia uma permissão divina para tal prática.
Em Gênesis 9:6 encontramos também a instituição da pena de morte. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, quem instituiu a pena de morte foi o próprio Deus. O texto bíblico explica por qual motivo Deus fez isso. Ele diz: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gênesis 9:6).
Então perceba que a pena de morte foi instituída por Deus para preservar a vida. Sua função era servir como um instrumento que garantisse que a dignidade da vida não fosse banalizada. Isso porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Então cada vez que uma pessoa é assassinada, ocorre um atentado contra a própria imagem de Deus representada nela. Aqui vale lembrar que antes do dilúvio as pessoas já matavam por motivos banais, como foram os casos de Caim e Lameque (Gênesis 4).
A aliança de Deus com Noé e seus filhos (Gênesis 9:8-18)
Em seguida, Deus confirma sua promessa de preservar a terra com uma aliança (Gênesis 9:8; cf. Gênesis 8:20-22). Aqui é interessante notar que Noé já estava num relacionamento pactual com Deus (Gênesis 6:18). Mas ocorre uma extensão desse pacto. A aliança que primeiramente era exclusiva com Noé, agora estava sendo estendida à descendência de Noé e a toda criação.
Então considerando os capítulos 8 e 9 de Gênesis, percebemos todas as características que indicam essa aliança. Há a promessa da aliança seguida por suas estipulações e a apresentação de uma marca que sinaliza a aliança firmada (Gênesis 8:21,22-9:17).
No caso dessa aliança com Noé, sua descendência e toda a criação, o sinal estabelecido por Deus foi o arco-íris. O texto bíblico diz: “O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra. Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda a carne sobre a terra” (Gênesis 9:16,17).
As outras alianças registradas na Bíblia também foram confirmadas por certos símbolos. Na aliança de Deus com Abraão esse símbolo foi a circuncisão (Gênesis 17:11); na aliança com Moisés foi o sábado (Êxodo 31:13,17); e na nova aliança mediada por Cristo esse símbolo é a Ceia do Senhor (Lucas 22:20).
Noé fica embriagado e é desrespeitado por seu filho (Gênesis 9:20-24)
Gênesis 9 diz que Noé era lavrador e plantou uma vinha. Certo dia ele bebeu muito vinho e embriagou-se. Então, dentro de sua tenta, ele se despiu de sua roupa. Mas um de seus filhos, Cam, entrou na tenda viu a nudez de Noé. Depois ele saiu a contar o que havia acontecido. Os outros dois filhos de Noé, Sem e Jafé, trataram de cobrir Noé de forma muita respeitosa (Gênesis 9:20-23).
Essa é a primeira vez que a embriaguez é mencionada explicitamente na Bíblia. O vinho aparece nos textos bíblicos em dois opostos. Ele é visto de forma favorável, mas ao mesmo tempo há uma importante exortação acerca de seu perigo (Números 15:5-10; Deuteronômio 14:26; Salmo 104:15; João 2:1-11; cf. Provérbios 21:17; 23:20-35; Isaías 5:22; 28:7; etc.).
Inclusive, algumas pessoas eram ordenadas a se abster do vinho no exercício de determinadas funções ou durante certos períodos, como por exemplo: os nazireus durante o período de voto (Números 6:3-4); os sacerdotes no exercício de seu ofício (Levítico 10:9); e os governantes em suas ocupações de governo (Provérbios 31:4,5). Saiba mais sobre o que a Bíblia diz sobre a embriaguez.
Esse episódio envolvendo Noé mostra que o cabeça da raça humana depois do dilúvio acabou pecando, e seu pecado trouxe graves consequência para sua linhagem. Ainda mais do que o pecado de Noé, o texto bíblico enfatiza o pecado de Cam. Ele teve uma atitude maliciosa contra o próprio pai, desmoralizando-o ainda mais. Tanto Noé quanto Cam tiveram atitudes condenáveis nas Escrituras (cf. Êxodo 20:26; 21:15-17; Deuteronômio 21:18-21; 23:12-14; Marcos 7:10).
Benção e maldição na família de Noé (Gênesis 9:25-29)
Quando Noé recobrou a razão, ele ficou sabendo de tudo o que havia acontecido. Então ele proferiu benção e maldição em sua descendência. Ele amaldiçoou Canaã, filho de Cam, a ser servo dos servos a seus irmãos (Gênesis 9:25-27).
Algumas pessoas não entendem por que Canaã foi amaldiçoado, e não Cam. Mas esse padrão está de acordo com o texto bíblico que coloca como objetos das bênçãos e maldições as descendências dos três filhos de Noé. Por isso não é estranho que a maldição pronunciada por Noé não fosse sobre Cam, mas sobre seu filho de Canaã. Alguns intérpretes sugerem que talvez isso também indique que Canaã teve alguma conexão com o ocorrido, apesar de o texto bíblico não esclarecer. Seja como for, obviamente Canaã compartilhou da decadência moral de seu pai.
A sequência da história registrada nas Escrituras revela as implicações das bençãos e maldições sobre a descendência de Noé. Canaã deu origem a povos que foram historicamente inimigos do povo de Deus e subjugados por ele. Por outro lado, a promessa messiânica foi limitada à linhagem de Sem, da qual vieram Abraão, Isaque, Jacó e Judá, até culminar no nascimento de Jesus Cristo.
Já a benção sobre a linhagem de Jafé, encontrou seu cumprimento final com a Igreja no Novo Testamento; quando judeus e gentios foram reunidos num só povo através da obra redentora de Cristo. Gênesis 9 termina com o registro da morte de Noé, aos incríveis novecentos e cinquenta anos (Gênesis 9:29).
estudo bíblico sobre a aliança de Deus com Noé através do arco de Deus (conhecido como arco-íris)
Geralmente não se ouve falar muito da aliança de Deus com Noé (original Noah), que foi estendida a toda a humanidade depois dele, ou seja, todos nós! Mas todo ser humano que tema ao Deus único, Criador dos céus e da terra, e queira agradá-lo, deve submeter-se a este código de conduta, isto é, aos princípios e mandamentos básicos que Deus deu para toda humanidade seguir. Conhecida (erroneamente) como “aliança do arco-íris“, ela não consistia meramente na promessa de Deus não destruir mais a humanidade com as águas do dilúvio, como geralmente se resume em nossa mente.
A aliança do arco de Deus.
O principal trecho das Escrituras que aborda essa aliança se encontra em Gênesis capítulos 8:20 até 9:17, de modo que, de acordo com o versículo 13 de Gênesis 9, o nome correto para o que hoje conhecemos como “arco-íris“, deveria ser “arco de Deus” (“Íris” é o nome de uma divindade grega antiga).
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