A PREGAÇÃO EXPOSITIVA

A PREGAÇÃO EXPOSITIVA
Prof. Raymundo Cortizo Perez, (Th.D.)

 A pregação e o cristianismo são indissociáveis. Na verdade, a história do cristianismo confunde-se com a historia da pregação.

O culto no Antigo Testamento consistia basicamente de sacrifícios, mas um dos deveres dos sacerdotes era instruir o povo na Lei de Deus.
“O meu povo está sendo destruído, por que lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 4:6)
“Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos” (Ml 2:7)
Tampouco faltaram expositores da Bíblia sob a antiga aliança. O livro de Deuteronômio é uma série de sermões de Moisés e o exemplo mais notável de expositor no Antigo Testamento é Esdras (cf. Ne 8:1-8).
Mas, foi à medida que os judeus foram dispersos a partir do cativeiro babilônico, dando azo ao surgimento da sinagoga, que a pregação foi se tornando o elemento central da adoração, herança que o cristianismo não iria dispensar, razão pela qual o Novo Testamento está repleto de referências à pregação. Hernandes Dias Lopes, citando Larsen, aviva que “Estudos cuidadosos dos documentos indicam 221 referências à pregação no Novo Testamento. O vocabulário grego para descrever a pregação abrange 37 verbos diferentes”.
Nessa última grande parte das Escrituras, João Batista desponta como pregador poderoso, a quem os habitantes de Jerusalém e Judéia saíam para ouvir (Mt 3.5). Entretanto, “o Fundador do cristianismo foi o primeiro dos seus pregadores” (Stott). Lucas relata (Lc 4.17-21) como Jesus pregou expositivamente a passagem de Isaías 61.1,2, demonstrando que pregar é basicamente ler, explicar e aplicar as Escrituras ao auditório. A pregação do Senhor Jesus teve como base o alto respeito que Ele tinha pelas Escrituras (Mt 5.17-19; 22.29).
No ministério dos apóstolos, o exemplo do Mestre seria seguido. No dia de Pentecostes, o que Deus usou para converter três mil pessoas não foram as línguas de fogo nem as línguas humanas dadas aos discípulos (At 2.1-4). Com efeito, tais fenômenos causaram o preconceito de uns, o ceticismo de outros e o sarcasmo de outros mais (At 2.7,12,13). O que trouxe como resultado o grande número de convertidos foi a pregação de Pedro, que consistiu basicamente na explicação da Escritura – em como o Senhor Jesus cumpre textos do Antigo Testamento – e na sua aplicação aos ouvintes.
O outro exemplo neo-testamentário que não pode faltar em nossa brevíssima abordagem é o do apóstolo Paulo. Nele, se verifica tanto o reconhecimento da inerrância das Escrituras (2Tm 3.16,17) como o fato de que havia sido chamado, sobre todas as coisas, para anunciá-las (1Co 1.14-17). Sempre que pode, dedicou-se somente à pregacão (At 18.5). Reconhecia que a conversão dos ouvintes a partir da pura e simples pregacão, sem os excessos da retórica tão admirada pelos gregos, resultava na demonstração de poder do Espírito e não gerava novos crentes dependentes do pregador (1Co 2.4,5).
Ditas essas palavras iniciais, cumpre advertir ao leitor que a nossa pretensão com o presente artigo é defender a pregação expositiva como a forma homilética que melhor se ajusta à importância da pregação e suas finalidades, conforme esposadas pelo cristianismo, bem como à suficiência e inspiração das Escrituras. Senão, vejamos.
PREMISSAS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
Vamos começar explorando a questão colocando as pressuposições básicas da pregação expositiva:
. A pregação expositiva pressupõe, mais que qualquer outra forma homilética, a inerrância das Escrituras, resultante da sua inspiração verbal e plenária. Conforme as palavras de J. MacArthur, citado por Lopes, “A pregação expositiva é um gênero declarativo no qual a inerrância encontra sua expressão lógica, e a igreja tem sua vida e poder. Afirma simplesmente que a inerrância exige a exposição como o único método de pregação que preserva a pureza das Escrituras e cumpre o propósito para o qual Deus nos deu a Sua Palavra”;
. A pregação expositiva pressupõe, mais que qualquer outra forma homilética, a suficiência das Escrituras e o fechamento do cânon. Isso indica que não há mais qualquer revelação a ser acrescida à Palavra de Deus, como também que não há mais qualquer necessidade de novas revelações. As Escrituras são completas e suficientes. John Sttot sugere que a raridade de uma pregação bíblica nas igrejas deve-se à falta de convicção quanto à sua importância;
. A pregação expositiva pressupõe, mais que qualquer outra forma homilética, a existência de verdades absolutas e de absolutos morais. Isso importa colocar, sobretudo face à tendência relativista dos nossos dias;
. A pregação expositiva pressupõe, mais que qualquer outra forma homilética, completa dependência de Deus por parte do pregador. O pregador expositivo está cônscio de que não tem uma mensagem própria. O pregador cristão não é um “apóstolo”, devendo tal designação ser reservada para os Doze e Paulo. A sua mensagem é a . Palavra de Deus. Ele se achega às Escrituras vazio e delas sai com uma mensagem ao povo de Deus.
OS INIMIGOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
Antes de adentrarmos no tema propriamente dito a que nos propomos, vale ainda advertir sobre quais são os grandes inimigos da pregação expositiva.
. O pragmatismo. Pregadores que desejam dar às massas o que elas buscam, e não o que precisam, tenderão a colocar ênfase nas demandas do homem e não na exigência divina de ser o centro da nossa vida e do nosso culto;
. O despreparo. É impossível expor as Escrituras com acuidade sem os necessários esforço e dedicação quanto ao estudo. Alguns não estudam porque lhes faltam recursos; outros, porque imaginam não precisar; outros ainda porque são preguiçosos e não têm gosto e disciplina pela e para a leitura;
. O ativismo. Alguns pastores estão ocupados demais com questões administrativas, assistenciais, com negócios da denominação etc., e se tornaram “executivos da fé”, indo na contramão da decisão apostólica de dedicação exclusiva à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4);
. A sequidão espiritual. Muitos pastores já perderam completamente o entusiasmo, a paixão, pelo serviço de Deus, e toda a tarefa que cumprem, o fazem em nome de um mero profissionalismo e por terem o ministério simplesmente como um meio de sustento. Esses são os profissionais da fé. Muitos deles são descrentes completos e jamais experimentaram o verdadeiro novo nascimento;
. As liturgias inadequadas. Muito do tempo do culto é roubado da pregação e ocupado com outros elementos (alguns não autorizados pelas Escrituras), para satisfazer a intolerância pós-moderna a mensagens mais consistentes;
. O misticismo. Surgido na Frígia, em 155, com Montano, o montanismo foi uma reação ao formalismo e à excessiva institucionalização da igreja. Montano pôs ênfase nas doutrinas do Espírito Santo e na segunda vinda de Cristo e se considerava como um profeta através de quem o Espírito Santo falava à Igreja, como ocorria por meio dos profetas e apóstolos. Diversos “pastores” hodiernos reproduzem o erro de Montano, achando-se portadores de uma mensagem original e, por isso, passam a desprezar a sublime tarefa de expor as Escrituras.
OUTROS ESTILOS DE PREGAÇÃO
Nesse passo, comentaremos brevemente as alternativas à pregação expositiva que costumam ser ensinadas nos seminários e utilizadas pelos pregadores.
. Pregação Tópica. O sermão tópico é construído em torno da elaboração de um determinado assunto, que o pregador deseja apresentar de forma sistemática. Nesse sermão, o tópico que o pregador deseja apresentar não está relacionado com nenhuma passagem bíblica específica, mas com todas as (ou muitas das) passagens bíblicas que contribuem à sua elucidação. Nesse sermão, o pregador parte do assunto que deseja apresentar e depois vai à Bíblia.
Imaginemos um sermão em que o pregador deseja abordar a doutrina do novo nascimento. Ele poderia expô-la dividindo sua pregação do seguinte modo: (1) Sua absoluta necessidade (Jo 3.7); (2) Seu Autor: Deus o Pai (Tg 1.18; 1Pe 1.3); (3) Seu Agente: Deus o Espírito Santo (Tt 3.5); (4) Sua base: a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (1Pe 1.3); (5) O Instrumento: a Palavra de Deus (Tg 1.18; 1Pe 1.23); (6) Seus efeitos: a santidade (1Jo 2.29; 3.9), a fé, o amor (1Jo 5.1,4), a esperança (1Pe 1.3).
Observe o leitor que mesmo no sermão tópico há indispensável necessidade de expor, ainda que sucintamente, o significado de cada passagem e como ela contribui à compreensão do tema. Advirta-se de haver possibilidade de textos-prova serem usados fora do contexto em que foram escritos e para finalidades não pretendidas pelo autor original.
. Pregação Textual. É mais próxima da pregação expositiva que o sermão tópico, com os seguintes destaques: (a) usa-se uma passagem bíblica mais curtas, em geram um versículo ou parte dele; (b) a passagem utilizada sugere o tema e as divisões principais do sermão; (c) o desenvolvimento de cada divisão inclui a abordagem de outras passagens. Hernandes Dias Lopes informa que Charles Spurgeon usou apenas um versículo ou parte de um versículo bíblico em quase 70% das suas mensagens.
Vejamos dois exemplos de sermões textuais. Ao primeiro, chamaremos de “Exortação ao mandamento da edificação mútua”, com base em 1Tessalonicenses 5.14. Exortar é exercer influência sobre a vontade e a decisão de outros; é encorajar a observar certos preceitos. Assim, Paulo propõe quatro tipos de pessoas que compõem a igreja, todos carentes de auxílio na edificação: (1) Admoestem os insubmissos; (2) Consolem os desanimados; (3) Amparem os fracos; (4) Sejam longânimo para com todos.
Vamos ao segundo exemplo, com base em Mateus 1.21, que denominaremos “O Salvador eficiente”. Por que “Jesus” se chama “Jesus” (gr. Iesous; heb. Jeshua): (1) O que Jesus fará: “Ele (certamente) salvará”; (2) Quem Ele salvará: “o Seu povo”; (3) Do que Ele salvará: “dos pecados deles”.
Fácil concluir que as divisões foram sugeridas pela passagem bíblica escolhida e carecem de desenvolvimento a partir de outras. Ademais, percebamos que esse sermão nada mais é que uma exposição de uma porção menor das Escrituras.
. PREGAÇÃO EXPOSITIVA: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
A pregação expositiva é uma mensagem extraída de uma passagem bíblica mais longa que um ou dois versículos, consistente basicamente na sua leitura, explicação e aplicação, a partir de uma séria exegese que leva em consideração o estudo da linguagem, da história e do contexto do texto que será exposto, como também das implicações do seu significado ao auditório que o ouve. “O sermão expositivo é aquele que explica uma passagem da Escritura, organiza-a ao redor de um tema central e pontos principais e, em seguida, aplica decididamente sua mensagem aos ouvintes” (Vines, citado por Hernandes Dias Lopes). Na pregação expositiva, o texto dirige o sermão. O sermão é a explicação e a aplicação do texto. O conteúdo do sermão expositivo é o significado do texto e as suas implicações para os ouvintes.
Do conceito acima esboçado, extraem-se as seguintes características da pregação expositiva:
. A passagem bíblica é a única fonte da mensagem. O pregador não chega à Bíblia com uma mensagem sua, desejando um texto bíblico que a justifique ou a ilustre;
. A mensagem é extraída do texto mediante processo racional de interpretação histórico-gramatical, mas que não dispensa atitudes de oração e dependência do Espírito. O sermão expositivo exige grande esforço hermenêutico e humildade por parte do pregador;
. A preparação do sermão dá-se com base em uma interpretação correta do texto, que descobre o que ele realmente comunicou aos seus ouvintes originais. Parte-se da premissa que o texto tem apenas um significado pretendido por Deus, embora possua inúmeras aplicações práticas;
. A mensagem é aplicada ao auditório de hoje. A aplicação é o propósito da pregação expositiva. É nesse ponto que o pregador demonstrará aos seus ouvintes contemporâneos a relevância das Escrituras, sua atualidade e a necessidade que eles têm dela. A aplicação responde a seguinte questão: “O que Deus quer dizer a mim com esse texto?” É na aplicação que o auditório toma para si as exortações, advertências e consolações que desafiaram os crentes filipenses, efésios, tessalonicenses etc.
AS VANTAGENS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA
W. A. Criswel, grande pregador expositivo do século passado, pontuou que “o melhor de todos os sermões é um sermão expositivo … Há uma vantagem nesse tipo de pregação para o próprio pregador. Ele aprende, cresce em seu íntimo, e a mensagem que lê na Bíblia torna-se para ele carne e sangue. Há também vantagens eternas para a congregação: ela aprende a amar a Bíblia, aprende a mensagem de Deus e passa a familiarizar-se com as Sagradas Escrituras …”.
Discorramos mais pormenorizadamente sobre as insuperáveis vantagens dos bons e velhos sermões expositivos.
. Sem pressões desnecessárias. O pregador expositivo se preocupa com aquilo que Deus lhe exige: fidelidade em comunicar Sua Palavra. Ser “bem-sucedido” é ser fiel na comunicação da verdade;
. A escolha não é do pregador. O pregador expositivo deseja expor todo o conselho de Deus e não seus temas preferidos;
. O texto já está posto: “prega a Palavra”. O pregador expositivo não tem ansiedade quanto ao que pregará no próximo culto, nem perde tempo procurando um texto “adequado” no sábado à noite. Ele já sabe em qual texto se dedicará durante a semana, a partir da segunda-feira pela manhã;
. Preparo do pregador e segurança para todos. O pregador expositivo é estimulado ao constante estudo das Escrituras e é uma garantia à congregação de que ela ouvirá a Palavra de Deus e não um recado encomendado pela última ocorrência;
. Não falta maná. O pregador expositivo não corre o risco de se tornar repetitivo, porque abordará os temas dirigidos pelos textos que expõe;
. O púlpito não é o gabinete. O pregador expositivo não usa o púlpito para endereçar uma mensagem a este ou àquele. Lloyd-Jones tem chamado o púlpito de alguns pastores de “a fortaleza dos covardes”. Os textos certamente enfocarão os problemas sentidos pela congregação, sem que isso tenha sido necessariamente pensado pelo pregador, e não raro a Providência será mais nitidamente reconhecida.
PREPARANDO O SERMÃO
Chegamos ao que pode interessar mais ao leitor, ao “como” da pregação expositiva. Sugiro, após mais de 30 anos de preparação de sermões (na maioria das vezes, expositivos), que o leitor siga os seguintes passos.
. Escolha o texto que será exposto em uma única ocasião ou em uma série de sermões (um capítulo, uma série de capítulos interligados ou um livro inteiro);
. Conheça-o inteiramente, lendo-o e nele meditando. Nessa fase, consulte comentários bíblicos e tente encontrar o grande tema de cada passagem que será exposta em cada sermão, bem como o tema de todo o texto e a conexão entre as passagens;
. Consulte obras monográficas e sistemáticas que guardam relação com o assunto do texto escolhido e dicionários que elucidem o sentido de vocábulos;
. Com tudo em mãos, escreva o sermão, selecionando o material pesquisado e usando somente aquilo que esclarece o sentido do texto e realmente ajuda na aplicação dele ao auditório. Será uma grande tentação entrar em muitos detalhes que lhe foram úteis no trabalho exegético, mas que não o serão aos ouvintes;
. Ainda reforço essa advertência: escreva o sermão. Calvino não escrevia sermões, mas você não é Calvino! A escrita de sermões exclui as coisas indesejadas do improviso; fixa aquilo que o pregador não pode deixar de dizer; evita que se perca na administração do tempo com digressões inúteis; demonstra ao auditório que o que está sendo dito foi previamente pensado, reflete a passagem exposta e que tudo não é um improviso para endereçar recados; além disso, um bom sermão, bíblico, teocêntrico, centrado no evangelho, merece ser preservado, porque, se assim não for, melhor não tivesse sido pregado ou, se foi, que seja esquecido;
. O sermão deve conter (1) uma introdução (o contexto e o propósito da passagem, não do pregador!), (2) uma elucidação (a explicação do texto a partir do contexto), (3) a aplicação ou as implicações do texto para o auditório e (4) uma conclusão;
. Enquanto avança no sermão, nada impede o pregador de fazer as aplicações pontuais que o texto for sugerindo. Mas, as grandes aplicações, aquelas que decorrem inquestionavelmente do assunto do texto e que são de máxima importância para a congregação, o pregador fará bem em pontuá-las ao final, destacando-as em pontos facilmente discerníveis. Toda a pregação deve ter concorrido para esse momento. A aplicação é o ápice da pregação expositiva. Tudo existiu em função dela. Todavia, muito cuidado! O pregador deverá está certo que as aplicações com as quais exortará o auditório realmente procedem do texto, como deduções lógicas dele.
. Uma última advertência: escreva o sermão, mas não o leia monótona e mecanicamente; pregue-o apaixonadamente, como se a vida eterna dos ouvintes dependesse da força do envolvimento de toda a sua personalidade enquanto prega. É verdade que Jonathan Edwards, dizem os biógrafos, apenas leu seu “Pecadores não mãos de um Deus irado” e em uma dessas ocasiões ocorreu um grande despertamento espiritual… mas você não é Jonathan Edwards!
CONCLUSÃO: O QUE PODERÁ ARRUINAR A PREGAÇÃO EXPOSITIVA
Dedico a conclusão a colher aquilo que já foi largamente sugerido ao longo de todo o artigo, destacando atitudes que, se preponderantes no pregador, ele desesperará da pregação expositiva e buscará um caminho mais fácil. Em outras palavras, o que pode arruinar a pregação expositiva?
. A preguiça do pregador ou o seu despreparo causado por outro fator. Nem sempre o despreparo decorre da preguiça. Pode resultar também da falta de condições financeiras adequadas ou de uma mentalidade largamente propagada no meio pentecostal clássico, segundo a qual o estudo faz definhar a espiritualidade e torna os crentes frios;
. O desejo do pregador de agradar o auditório ou, no mínimo, o receio de desagradá-lo. Não raro, pastores evitam falar sobre coisas que sabem que devem falar, por medo de perder o pastorado;
. As atitudes de tédio e monotonia do pregador, ou o excesso de gracejos. Cuidado especial deve ser tomado em relação aos extremos. Para uns, semblante sempre sisudo é sinônimo de seriedade e zelo para com as coisas de Deus. Para outros, piadinhas extemporâneas constroem uma comunhão acolhedora e simpática. No primeiro caso, o extremo alcança as raias de uma religião mecânica, que censura a exteriorização de aspectos importantes da personalidade; no segundo, seu limite é a superficialidade de um suposto serviço a Deus que pode não passar de um momento semanal para relaxar;
. A ausência de uma influência poderosa do Espírito, em geral decorrente da falta de vida consistente de oração, pecados não abandonados e frieza espiritual;
. Excesso de detalhes (histórico-geográficos, por exemplo), citações (como as que fazem referência a teólogos e pregadores do passado e do presente) e retórica exagerada (a exemplo de ilustrações que chamam mais a atenção que a mensagem e a recitação de vocábulos gregos). Em geral, essas coisas são parte de uma (pretensa) intelectualidade desconectada da importância prática das Escrituras.

4 comentários:

  1. Infelismente poucos, quase ninguém sabe fazer uma pregação expositiva. É sempre os mesmos mimimis. O fato, é que, sem um bom estudo ninguém consegue desenvolver e acho que pensam que os membros da igreja aceitam tudo. Uma pena, uma pena... Alberto De Luccas - Araçatuba

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    1. Realmente poucos fazem uma pregação expositiva, porque demanda tempo, mas vale a pena: devemos estarmos preparados para toda boa obra de Deus. É de nosso dever e obrigação estudar as Escrituras. Se devemos para a nossa vida pessoa para que tenhamos um bom emprego e boa remuneração, imagine quanto a obra de Deus como devemos de estar preparados. No amor de Crista, a santa paz de Deus em abundância.

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  2. Que Bênção Professor Amém

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    1. Bom dia meu amigo. Grato pela sua visita e comentário. Que Deus te abençoe sempre jutamente com os seus. No amor de Cristo, o meu fraterno abraço.

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